03/01/2011

NOVO ANO FELIZ, 2011 ESTÁ AÍ. (Atividades no Parque)

2010 foi dez! Um ano de indiscutível amadurecimento artístico e profissional. Aliás, desde o início de nossa empreitada estamos nos aprimorado nas artes e nos negócios, nos dando conta de nossos defeitos e percebendo antigas características como verdadeiras virtudes dentro desta sociedade competitiva e individualista. Não é fácil trabalhar com arte em qualquer parte do nosso país, e numa cidade pequena como Resende, ainda existem mais desafios: um mercado ainda em formação, poucos artistas de qualidade para a troca de experiências, falta de diversidade de professores e acesso a formação, nosso próprio amadorismo, algumas posturas equivocadas deturpando o discurso de ser independente no ramo artístico e por aí vai. A lista dos desafios não é curta. Mas o que realmente nos interessa é melhorar, ainda que isso implique em mudanças de velhos hábitos. Por isso, a saída do casarão é amenizada e motivada pela perspectiva de aperfeiçoamento. O fato era que manter o casarão estava nos tomando quase todo o tempo e energia, desviando-nos de nossos ideais mais importantes, e isto, porque tropeçamos vezes demais ao longo do caminho. A situação se transformou num ciclo vicioso. Precisávamos realizar festas aos finais de semana para conseguir o dinheiro das contas, e durante a semana, poder agitar exclusivamente as atividades artística. Mas, para as festas serem boas e termos o tão esperado lucro, tínhamos que organizar tudo durante a semana, e daí as atividades semanais ficavam comprometidas. Ou, se ficávamos mais ligados nas atividades da semana, as festas não ocorriam como o esperado, não rolava o cash e daí fu#%a tudo!!!

E como dar conta das novas oportunidades? Como arranjar tempo para nosso ofício de artistas?

Fomos enlouquecendo e estressando, mas por alguma "graça de Deus", resolvemos pisar um pouco no freio de nossa ânsia de abraçar o mundo! Pronto, fomos reavaliar a importância de um Centro Cultural Independente, com sede própria, em nossa cidade. E ficamos satisfeitos com outras iniciativas que também começam a se organizar no município, ao ver que a Prefeitura finalmente comprou e reformará o Cine Vitória, que o Teatro de Bolso está lá para ser ocupado com atividades, que a Rua é nossa, que existem novos empreendedores como o Centro de Dança de Resende, projetos sociais como o IÇA e o Raiz de Valor,o Atelier Cultural Porto das Artes, O pessoal da Enxofre, um terreiro cultural como os Kalimbas e diversas outras iniciativas que esqueçemos de mencionar aqui e que ajudam a configurar um ambiente bem mais propício para as artes do que aquele que encontramos a três anos atrás, justamente num período de troca de governos. De lá pra cá, nossa região ganhou boates, bares, pubs, praças e parques revitalizados, novos coletivos artísticos, serestas, mais opções de divertimento e entretenimento onde a arte pode muito bem se inserir. Então, finalmente percebemos que não seria tão doloroso sair do casarão e não pararíamos pela falta de sede, pelo contrário, com a economia do aluguel e das despesas poderíamos agitar ainda mais a cidade. Fazer mais barulho nas cabeças pensantes. Melhorar!

Prof. Toninho Benevente

Em 2011, começaremos devagar para poder acelerar com confiança e estabilidade no decorrer do ano. Afinal, estamos em fase de reavaliação, mas mesmo assim, não vamos parar com tudo. Primeiro começarão as atividades no Parque da Águas, por enquanto sem estardalhaço, “no sapatinho”. A partir desta segunda, dia três de janeiro, de segunda a sexta no horário de 17h às 19hs estaremos oferecendo oficinas gratuitas para os frequentadores do Parque. Essas oficinas eram as que já aconteciam na Oka, através dos professores voluntários Toninho Benevente, Betina Happ, Rayff Esperança e o coletivo palhacístico “Los Okos”. Essas pessoas compartilham nosso ideal de melhorar a sociedade através da arte e cultura. Por isso o mínimo que podemos fazer é criar condições para a continuidade imediata desse trabalho conjunto, mesmo que ainda não seja de forma ideal. Lá no Parque, enfrentaremos dois obstáculos, a falta de cobertura e a falta de lugar para guardar os instrumentos de percussão. Por esses motivos o combinado será o seguinte: em caso de chuva no horário programado, de 17h às 19hs, as oficinas acontecerão logo após a chuva. E para as aulas de percussão quem quiser trazer seu próprio instrumento será bem recebido. Apesar de termos instrumentos suficiente para a aula, poderemos ter algum problema na logística de transporte e manuseio dos instrumentos da Oka. E quem quiser ajudar cedendo um local próximo ao parque para guardarmos três surdos e alguns instrumentos menores, aceitaremos com prontidão.

As oficinas são as seguintes:

Segunda – Percussão

Terça e quinta – Aula/treino de Malabares

Quarta – Oficina de Canto

Sexta – Encontro e apresentação de palhaços

Grato

Daniel Sá

O.C.T.